Caso Ana Caroline: Justiça marca julgamento do suspeito de matar a jovem com requintes de crueldade no MA

  • 25/07/2024
(Foto: Reprodução)
Elizeu Castro, suspeito de matar Ana Caroline Sousa Campelo, será julgado em 30 de julho em Governador Nunes Freire, a 181 km de São Luís. Jovem de 21 anos foi encontrada morta com requintes de crueldade em 2023. Segundo a Polícia Militar do Maranhão, a vítima teve a pele do rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas arrancados. Arquivo pessoal/Polícia Civil A Justiça do Maranhão marcou, para 30 de julho, a primeira audiência de instrução e julgamento de Eliseu Castro, suspeito de praticar o feminicídio da jovem lésbica Ana Caroline Sousa Campelo, encontrada morta em dezembro de 2023, com requintes de crueldade em Maranhãozinho, cidade a 232 km de São Luís. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 MA no WhatsApp A audiência será realizada no Fórum Desembargador Kleber Moreira de Sousa, em Governador Nunes Freire, cidade a 181 km de São Luís. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA), após a conclusão do inquérito policial e aceita pelo juiz João Paulo de Sousa Oliveira, da comarca de Governador Nunes Freire. Durante o julgamento, além do suspeito, devem ser ouvidas testemunhas do caso. Motivação De acordo com o Ministério Público, Ana Caroline teria sido morta com emprego de asfixia e meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa dela. Segundo as investigações, a jovem de 21 anos teria sido morta por “razões ligadas à condição de sexo feminino da vítima”. A jovem foi morta após deixar seu trabalho, por volta de 1h. No caminho para casa, Ana Caroline passou a ser perseguida por um homem em uma motocicleta, que foi identificado como sendo Elizeu de Castro, conhecido como "Baiano". A uma esquina da casa da vítima, em local deserto, Elizeu teria obrigado Ana Caroline a subir na moto dele e a levou para uma estrada vicinal, em direção ao Povoado Cachimbo. Nesse povoado, o Elizeu Castro teria matado a jovem por asfixia. LEIA MAIS: O que se sabe sobre a morte de Ana Caroline Ao ser encontrada morta, a jovem estava com a pele do rosto da vítima, olhos, orelhas e parte do couro cabeludo arrancado. A expectativa é que a família, amigos de Ana Caroline e membros de organizações sociais façam uma mobilização na frente do Fórum no dia do julgamento para pedir justiça para o caso, que ganhou repercussão nacional. Acusado aparece em vídeo Vídeo mostra jovem lésbica antes de ser assassinada Imagens de câmera de segurança obtidas pelo g1 registraram os momentos anteriores à morte de Ana Caroline (veja acima). O vídeo mostra a jovem pela Rua Nova Um, via que dá acesso à estrada para Cachimbós. Ao terminar a rua, a jovem lésbica vira à direita. O relógio registra 1h59 da madrugada. Segundos depois, surge na gravação um homem de camiseta branca em uma moto e faz o mesmo trajeto do que a jovem. O corpo de Ana Caroline foi encontrado por familiares próximo à Rua Getúlio Vargas, a cerca de 300 metros da rua onde ela teria virado com sua bicicleta. Os parentes encontraram primeiro sua bicicleta antes de achar seu corpo. Homem de camiseta branca passa pela rua e faz o mesmo trajeto de Ana Caroline. Reprodução Uma vizinha de Ana Caroline contou à polícia que, pouco antes de desaparecer, viu a jovem com um homem de camiseta branca em uma moto. A testemunha disse ter visto quando esse homem colocou Ana Caroline no veículo e partiu em direção a uma estrada vicinal, que dá acesso ao povoado Cachimbós, onde o corpo foi posteriormente encontrado. Corpo foi exumado Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos, foi encontrada morta com requintes de crueldade no Maranhão Arquivo pessoal/Polícia Civil No dia 16 de fevereiro, a Perícia Oficial do Maranhão também exumou o corpo de Ana Caroline, após decisão da Justiça. Autora do pedido, a Polícia Civil alegou que o corpo foi enterrado sem nenhum exame criminalístico. O corpo da jovem lésbica estava enterrado em Centro do Guilherme (MA), cidade natal da vítima, e, com a decisão, os restos mortais foram levados para perícia em São Luís. Protestos e debate sobre lesbofobia e lesbocídio A morte de Ana Caroline causou protestos de ativistas – com atos em diversas cidades do país – e reação da ministra da Mulher, Cida Gonçalves, que classificou a morte como lesbofobia e crime de ódio contra as mulheres. Nos atos, as manifestantes cobraram respostas da Polícia Civil do Maranhão e mudanças legislativas que protejam lésbicas. Um dos questionamentos ligados à apuração do assassinato é se foi feita perícia na bolsa de Ana Caroline, supostamente usada para enforcá-la. Initial plugin text No Instagram, a página Levante Contra o Lesbocídio (veja acima) articula as cobranças pela solução do homicídio, imagens das manifestações e debate o uso do termo "lesbocídio" como uma forma de tipificação dentro do feminicídio. "O Levante Nacional Contra o Lesbocídio é uma resposta das lésbicas em defesa das nossas próprias vidas e da nossa memória. Estão tirando nosso direito de viver e de contar nossas histórias depois que tiram nossas vidas de nós. O que aconteceu com Ana Caroline? Nós queremos saber e não aceitaremos caladas", afirma Natalia Kleinsorgen, integrante do Levante Nacional Contra o Lesbocídio.

FONTE: https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2024/07/25/caso-ana-caroline-justica-marca-julgamento-do-suspeito-de-matar-a-jovem-com-requintes-de-crueldade-no-ma.ghtml


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