Pessoas intimadas por portarem celulares roubados na Grande São Luís precisam devolver até esta terça (22); entenda
20/10/2024
Segundo a Polícia Civil, cerca de mil pessoas foram intimadas por estarem em posse de aparelhos roubados, furtados ou perdidos. Quem não devolver pode ser autuado por crime de desobediência. Estudante recuperou o celular roubado pelo criminos
Manoel Neto/ TV Gazeta
Moradores que foram intimados por estarem com celulares perdidos, furtados ou roubados precisam colaborar com as investigações e devolver os aparelhos rastreados até esta terça-feira (22), segundo a Polícia Civil.
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Ao todo, foram intimadas cerca de mil pessoas que estavam com celulares registrados como perdidos, furtados ou roubados na Grande São Luís, o que também corresponde a Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar.
Até o momento, cerca de 300 pessoas já se apresentaram aos policiais em um mutirão que aconteceu no início de outubro, no Ginásio Geogiana Pflueger (Castelinho), resultando na entrega de mais de 220 aparelhos.
Como devolver
Quem já foi intimado deve devolver o aparelho em um novo mutirão que acontece nesta terça-feira (22), das 9h às 16h, no Ginásio Castelinho.
A ação faz parte de uma etapa do programa Meu Celular de Volta, lançado no mês de setembro, que se destina a vítimas de roubo e furto de celular e a pessoas que perderam seus dispositivos e que registraram o Boletim de Ocorrência informando o número de IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel). Inicialmente, apenas municípios que integram a região da Grande Ilha são abrangidos pelo programa.
O que acontece com quem não devolver?
Segundo a Polícia Civil, a pessoa que não atender a intimação e não der qualquer justificativa poderá ser enquadrada no crime de desobediência (art. 330 do Código Penal), que prevê detenção de quinze dias a seis meses, e multa.
Se a pessoa não puder comparecer na terça-feira (22), ela pode se antecipar e se dirigir a qualquer uma das delegacias da Grande Ilha para se apresentar e devolver o aparelho. As Seccionais Leste e Oeste são as principais referências.
Operação da Polícia Civil mirou locais com celulares rastreados que estavam perdidos, roubados ou furtados em São Luís
Divulgação/Polícia Civil
Além disso, a pessoa que não devolver pode estar sujeita a ter o aparelho apreendido. No dia 10 de outubro, uma operação da Polícia Civil cumpriu 15 mandados de busca e apreensão contra estabelecimentos e pontos de revenda de celulares furtados ou roubados.
A operação foi realizada em bairros como Belira, Liberdade, Vila Conceição/Altos do Calhau, São Cristóvão, Jardim América, Cidade Operária, São Raimundo, Vila Cafeteira, entre outros.
Os alvos incluíram locais operados não apenas por pessoas jurídicas, mas também por pessoas físicas. Endereços apontados durante as investigações como pontos de desbloqueio de celulares irregulares também foram averiguados.
Aparelhos apreendidos pela Polícia Civil em operação contra roubo de celulares em São Luís
Divulgação/Polícia Civil
As informações fornecidas sobre os locais de aquisição dos celulares fundamentaram os mandados de busca que foram cumpridos. Ao menos 17 aparelhos irregulares foram apreendidos.
Orientações
Em caso de perda ou furto, a Polícia Civil orienta o cidadão a registrar a ocorrência no site da Delegacia Online.
Já em caso de roubo, sendo este crime mais grave, a vítima deve se dirigir à delegacia. Nesse caso, é importante sempre informar o número do IMEI (que pode ser encontrado na caixa do aparelho ou na nota fiscal de compra) para que a polícia possa fazer o rastreio.
O número de IMEI, para aqueles que não possuem a caixa do aparelho ou a nota fiscal, também pode ser acessado ao digitar *#06# no celular e apertar a tecla para ligar. Celulares que utilizam mais de um SIM Card possuem um IMEI para cada chip, sendo necessário verificar cada um dos IMEIs.
Os cidadãos devem adquirir celulares de fontes confiáveis e denunciar qualquer tentativa de venda de dispositivos sem origem comprovada. Ao realizar transações online, é importante salvar as mensagens trocadas, o perfil do vendedor e outras informações relevantes.
Sempre é recomendado exigir a nota fiscal ou qualquer outro documento que comprove a origem do produto. Desconfiar de aparelhos vendidos por preços muito abaixo do valor de mercado é fundamental, pois pode ser um indicativo de ilegalidade.